quinta-feira, 24 de junho de 2010

Deu no A Notícia: Palestrante diz que Rondônia é a bola da vez







Rondônia é a bola da vez. Foi assim que o ex-deputado federal Miguel de Souza encerrou sua palestra proferida na última terça-feira (22) no auditório da Associação Comercial e Industrial de Jaru (ACIJ), alegando que, pela situação geográfica em relação à América do Sul, Rondônia é o ponto geodésico e será o centro mais beneficiado com a saída para o pacífico.Numa ampla demonstração feita com números, Miguel explicou porque Rondônia deverá ser o esteio do Brasil e o Estado que terá o maior crescimento com a abertura das fronteiras ao comércio externo. Efetuando comparativos de gastos com produtos transportados pelo Atlântico e as rodovias que ligam o Estado ao Sudeste, ele demonstrou a redução de gastos com a abertura para a nova fronteira e apontou o produtor rural como o quer mais sofreu com o preço final de seu produto em função do frete.Para falar de seu grande “sonho” ilustrado nas páginas do livro “A saída para o Pacífico”, de sua autoria, Miguel iniciou lembrando que sonho que nasceu em 1994 quando era presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero) e já previa a necessidade de novas portas para o comércio brasileiro, em especial para Rondônia.Segundo ele, Rondônia é o único estado do país que tem hoje interligação entre os seus 52 municípios através de BRs e ROs o que facilita convergir todo seu produto para o eixo da BR-364 e retirá-lo para outros centros. Detém 1,6 milhões de habitantes, número equivalente a cidade de Manaus, no entanto consome apenas 32% daquilo que produz. É a maior bacia leiteira do Brasil e, segundo ele, precisava transformar o excesso produzido em recursos para o Estado vendendo melhor seu produto e em contrapartida trazendo outros produtos do mercado latino como o peixe, por exemplo.O Estado tem eletrificação urbana de 99% e rural de 80% e promete chegar aos 100% no próximo ano. Com o advento das usinas hidroelétricas que estão sendo construídas vai exportar energia. Isto mostra o avanço ocorrido nos últimos anos. Com a abertura para o pacífico vai poder exportar carne, soja e outros produtos para o mercado latino americano e para os tigres asiáticos podendo, via intercâmbio abrir suas portas ao mercado externo recebendo vários produtos com preços inferiores aos que “vêem do Atlântico, e, principalmente, aos portos de São Paulo cujo frete até Rondônia sai mais caro cerca de R$ 100 por tonelada. Ele apresentou ainda a exploração do turismo como excelente fonte de renda e mostrou a estrada que corta Cuzco e o sitio arqueológico de Macchu Picchu, maravilhas que poderão ser visitadas pelos brasileiros com maior facilidade.MEIOS DE TRANSPORTEO palestrante frisou que a abertura de estradas que favorecerão o acesso ao pacífico está em franco desenvolvimento e que o projeto faz parte da integração continental entre 12 países que estão criando o eixo de integração por rodovias, ferrovias, hidrovias e espaço aéreo. Informou que a estrada que liga Manaus à Venezuela já foi concluída e que a ligação entre Porto Velho e Manaus (obra realizada pelo PAC) já foi inaugurada no trecho Porto Velho/RO a Humaitá/AM até o Km 250. Outra obra de grande valia para Rondônia, segundo ele, é a estrada de ferro que ligará Porto Velho a Vilhena. A ferrovia está prevista para começar a ser construída em 2013 e seu estudo de viabilidade mostrou o baixo custo operacional para um retorno extraordinário.A ponte que liga o Brasil (Guajará Mirim) à Bolívia também foi mostrada pelo palestrante, bem como seu benefício no processo de integração.Miguel demonstrou ainda com base em números a viabilidade do transporte hidroviário. São 3,3 mil quilômetros para o acesso ao atlântico enquanto para o pacífico esta distancia é de 2 mil quilômetros.Foi uma verdadeira aula de dados estatísticos. O palestrante mostrou ser profundo conhecedor daquilo que defende e estabeleceu termos comparativos em consumo, distância, potencialidade das regiões e outros fatores que apontam a saída para o Pacífico como o “boom” da economia do Estado.Ao final da palestra Miguel apresentou vídeos de maquetes eletrônicas em 3D mostrando como seriam as obras pós-concluídas, tanto das estradas como das hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau e abriu espaço para questionamentos por parte dos presentes.Sem dúvida uma palestra que fará com que, principalmente os empresários presentes reafirmem sua confiança em melhores dias para Rondônia.A iniciativa da palestra em Jaru partiu da Loja Maçônica Estrela da Fraternidade organizadora do evento, que após o encerramento ofereceu um jantar na Loja ao palestrante e convidados.

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