segunda-feira, 14 de junho de 2010

BR-319: Moradores da balsa devem procurar técnicos do DNIT, entende Miguel de Souza

Os moradores ameaçam bloquear a rodovia, pois não concordam com as propostas apresentadas pelo DNIT para a desapropriação da área de domínio do órgão

A respeito das ameaças de bloquear a BR-319 pelos moradores do bairro da balsa atingidos pela desapropriação da área em que será construída a ponte sobre o rio Madeira, o ex-diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT, Miguel de Souza, recomendou aos moradores que procurem os técnicos do DNIT, pois a solução e as alternativas para esta negociação estão sendo apresentadas pelo órgão. “Pensando no lado social e para dar mais dignidade aos moradores da Balsa, quando eu ainda estava no DNIT procuramos fazer uma parceria com a prefeitura. Nessa parceria a prefeitura cederia uma área do outro lado do rio para a construção de uma vila com toda a infraestrutura aos moradores. Em todas as reuniões que o DNIT participou com a comunidade, essa última opção foi a que teve aceitação de cerca de 80% dos moradores. Aqueles que não quiserem morar na vila receberão as indenizações avaliadas de acordo com o valor de mercado”, salientou Miguel.

A declaração de Miguel de Souza foi feita durante o programa Câmera 11, na Rede Record, no início da tarde desta segunda-feira (14). O ex-diretor também chamou a atenção da população de que neste ano de eleições muitos políticos podem tentar levar vantagem dessa situação, porém a solução está a cargo do DNIT, que irá seguir o que determina a legislação em vigor nesses casos de desapropriação de área da União. “O DNIT já teve casos de desapropriação em outros locais do país em que a vila foi construída nos moldes do que está sendo proposto em Porto Velho. Sem dúvida alguma, a maioria dos moradores será beneficiada com esta proposta, pois nós bem sabemos que a maioria da população de lá (bairro da Balsa) é carente e mora em situação desumana. Ter uma moradia com drenagem, esgoto, água tratada, asfalto, iluminação, quadra de esportes, centro comunitário e igreja será uma grande vitória para esta população”, declarou Miguel de Souza.

O ex-diretor discorda das declarações constantes citadas na imprensa por alguns moradores da região que se dizem indignados, afirmando que não há interesse do órgão em resolver a questão, ou mesmo responder às perguntas formuladas pela comunidade. “Todas as respostas foram dadas, e em nenhum momento o superintendente do DNIT em Rondônia, José Ribamar Oliveira e seus técnicos se recusaram a prestar esclarecimentos, deixaram de participar das reuniões ou fizeram pouco caso dessa situação. Tudo que pode ser feito legalmente, está sendo proposto”.

Mais geração de emprego

A ponte sobre o rio Madeira é fundamental para as mais de 5 mil famílias que moram do outro lado do rio, que são obrigadas a pagar diariamente para atravessar a balsa, bem como aos mais de 40 mil habitantes do município vizinho de Humaitá. Por ser uma obra que está sendo construída com recurso federal, após concluída não haverá pedágio para a travessia. A ponte também servirá para ligar Rondônia ao Amazonas, fazendo parte de importante corredor de integração continental. “A geração de emprego que esta obra vai gerar trará reflexos diretor a economia do município. Além do aumento na circulação de dinheiro no comércio em geral, o município também ganha com a arrecadação do ISS, valor este que pode ser investido na melhoria da qualidade de vida da população de Porto Velho”, finaliza Miguel de Souza.

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