Emoção durante a homenagem que valorizou o grande idealizador e defensor da estrada para ligar Rondônia aos mercados do Pacífico
“Abrindo fronteiras , fechando negócios!” esse foi o tema do 1º Prêmio Miguel de Souza de Integração Sul Americana, promovido pela Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero) e vários parceiros. O objetivo era incentivar a apresentação de projetos inovadores voltados para a integração do setor produtivo de Rondônia com essa nova rota de comércio exterior: a Estrada do Pacifico que ligará Rondônia aos importantes portos peruanos, ao mercado dos países andinos, bem como uma nova rota para o comércio de importação e exportação com os países asiáticos.
A sugestão da criação do prêmio foi da presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Rondônia, Helena Aparecida Mourão. Mas o prêmio precisava de um nome, e a indicação foi aprovada por unanimidade pelo conselho. “Que outro nome poderia ilustrar melhor essa integração de Rondônia com os mercados andinos e dos países asiáticos que o de Miguel de Souza. A Helena foi feliz em apresentar essa ideia. É uma justa homenagem a este sonhador que foi taxado de maluco por toda a sociedade. Mas agora podemos falar com toda certeza: Miguel que bom que você é esse maluco que sonhou e trabalhou tanto para ver esse sonho realizado”, justificou o presidente da Fiero, Denis Baú, durante a cerimônia de entrega do prêmio e encerramento da Semana da Indústria na noite de sexta-feira(28), que reuniu representantes da indústria, comércio, poderes constituídos, imprensa e demais convidados.
Miguel de Souza entendeu que não há palavras que possam ilustrar ao presidente Denis Baú e aos demais membros do conselho da Fiero, o quanto se sentiu honrado com tal homenagem. Mas que, melhor do que ser homenageado foi saber que várias outras pessoas acreditam nesse novo mercado e vêm a necessidade das empresas se prepararem, pesquisarem e investirem na nova rota de comércio. “Esses novos sonhadores que inscreveram seus projetos, também são merecedores de todo meu agradecimento”, salientou Miguel que foi um dos fundadores do sistema Fiero/Sesi/Senai/IEL e seu presidente de 1990 a 1999.
Esse pensamento foi fortalecido quando a vencedora do prêmio, Maria Madalena Ferreira, afirmou que para investir e aproveitar ao máximo esse novo cenário comercial, era necessário um investimento na pesquisa de mercado para avaliar quais as nossas condições de oferta, nossas demandas de importação e como o mercado deve potencializar esses produtos.
25 insensatos e uma idéia lúcida
Durante vídeo de apresentação do homenageado, foi traçado um histórico de toda a luta de Miguel de Souza quando na Fiero, como vice-governador, deputado federal e quando diretor de Planejamento e Pesquisa do DNIT, sempre na defesa e na luta pela realização do seu grande sonho de integração continental. O público pode visualizar algumas imagens daquela primeira caravana que, no ano de 1992, resolveu se arriscar em uma aventura para mostra às autoridades brasileiras e peruanas da grande viabilidade de se construir aquele eixo de ligação.
Ao fazer seu discurso, Miguel citou o nome dos 24 companheiros que junto com ele, toparam o grande desafio de desbravar por caminhos inóspitos uma rota de comércio para o setor produtivo de Rondônia com os países andinos. Miguel se emocionou, principalmente, porque alguns deles estavam na entrega do prêmio e partilhavam com ele essa grande vitória.
Ele também ressaltou a matéria escrita pelo jornalista da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Arquimedes Luiz que escreveu emocionante narrativa da viagem na revista da CNI em novembro de 1992: ”25 insensatos e uma ideia lúcida, não poderia haver título melhor para uma reportagem tão bem escrita que mostrou para o Brasil como nosso projeto era passível de se tornar uma realidade. Hoje temos esta certeza. Nossa estrada para o pacífico será inaugurada até final de outubro pelo atual presidente e nós podemos nos sentir parte desta conquista”, resumiu.
Agora, segundo Miguel de Souza parafraseando o tema da premiação, “Rondônia deve partir para fechar negócios, pois as fronteiras já estão abertas!”.
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