A posição estratégica do estado de Rondônia a partir das grandes obras estruturantes que estão em plena realização pelo governo federal, através do DNIT, aliado ao potencial energético e o grande mercado consumidor dos países vizinhos da América do Sul e do tradicional mercado europeu foram temas centrais de palestra proferida na noite desta quarta-feira(14), na Faculdade de Porto Velho (Porto) aos acadêmicos do curso de Administração de Empresas.
Convidado pelo diretor executivo da Faculdade, Augusto Pellucio, o ex-diretor nacional de Planejamento e Pesquisa do DNIT, Miguel de Souza, mostrou, com dados precisos e atualizados, as perspectivas de crescimento sócio-econômico para Rondônia que podem passar desapercebidas pelos futuros administradores, caso eles não entrem em sintonia com esse constante processo evolutivo por que passa o Estado.
“A palestra foi importantíssima para os acadêmicos, pois eles puderem ter uma visão ampliada do cenário atual de Rondônia e das perspectivas sócio-econômicas a qual eles devem se preparar”, declarou a coordenadora do curso de Administração, professora Rita Ramalho. Para ela, as informações riquíssimas, os dados preciosos e o cenário promissor apresentado por Miguel de Souza foram de extrema relevância para os futuros administradores.
Para Miguel de Souza, apresentar informações desse nível a pessoas que buscam conhecimento e pretendem ter um futuro promissor foi muito satisfatória. “Vejo nessas palestras a possibilidade de debater e conscientizar as pessoas de que aquele velho conceito de que Rondônia é fim de linha está totalmente errado. É preciso que eles compreendam que somos o coração da América do Sul, que temos um grande potencial econômico, mas precisamos nos preparar para essas mudanças que virão”.
Como exemplo de sua conhecida visão futurística, Miguel de Souza falou que na época que era vice-governador foi um dos primeiros defensores da instalação das hidrelétricas e que sempre buscou alertar o empresariado e pequenos agricultores para se organizarem em cooperativas, capacitação de pessoal e tecnológica para que não acontecesse o que hoje vemos: “empresas vêm de fora para fornecer o pãozinho, verduras, mão-de-obra e tantas outras necessidades básicas que nós deveríamos estar fornecendo” , alertou Miguel de Souza aos acadêmicos.
“A saída para o Pacífico está ai, na nossa porta. Em outubro a estrada deve ser inaugurada e nós devemos tirar o maior proveito desse novo cenário. Potencializar fornecimento dos produtos que nossos irmãos dos países andinos necessitam e buscar o que eles têm de melhor para nos oferecer, assim nosso mercado será de mão dupla, diminuindo também os custos de transporte. Comecem a se preparar, buscar alternativas e apresentar novas soluções para esquentar a nossa economia, trazendo o progresso para nosso estado”, resumiu Miguel de Souza ao final da palestra.
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